Filipe no parque da Universal
Começamos na semana passada a terceira temporada do Viagemcast, com o episódio da Camila Vieira sobre ser Au Pair nos Estados Unidos. Na sequência, temos mais um episódio sobre morar nos EUA, dessa vez com o Filipe Rocha que se formou na Liberty University e agora trabalha como Gerente de Projetos na Virgínia.

A jornada dele pelo mundo começou como a minha, em 2014 viajando para a Hungria. Lá ele pegou gosto por conhecer esse mundo cheio de lugares maravilhosos e, voltou para o Brasil, com o sonho de passear mais e inclusive de ir morar nos Estados Unidos.

Requisitos

Mas aí começa a parte de requisitos né? O Filipe havia trancado a faculdade de Engenharia de Produção na PUC-SP para ir para o Palavra da Vida Hungria e, ao retornar, estava pensando em ir para a Liberty University, na Virgínia. Ele teve então que obter o TOEFL, fazer a candidatura para a faculdade americana e ainda comprovar que tinha como pagar os custos da faculdade. O Filipe havia conseguido algumas bolsas - e inclusive comentou que ex-alunos do PV Hungria tem direito a uma bolsa adicional - mas pelo que ele falou, apenas obter a bolsa não é suficiente. Se você não tiver o dinheiro em conta, precisa de um "sponsor" que garanta que caso você não pague a faculdade, ele irá pagar.

Ex-alunos do PV em Washington

Transferência de Créditos


Depois de todo esse processo, ele foi aceito com sucesso e conseguiu o visto F1 (de estudante) para ir para a Liberty. Ele eliminou praticamente 1 ano de faculdade com os créditos daqui do Brasil somados aos da Hungria, além de conseguir eliminar as matérias eletivas.

Diferenças culturais

Perguntei para o Filipe se ele sentiu diferença entre estudar no Brasil, na Hungria e nos Estados Unidos. Curiosamente, ele disse que como o PV é americano, o PV Hungria era bem parecido com a Liberty. A exigência quanto ao horário era a mesma, nada de atrasos - no PV você podia perder 1% da sua nota para cada atraso no horário da aula. O Filipe até contou de um amigo dele que chegou 8h na aula, no exato horário em que começava a aula de Operations Management. O professor alemão virou para ele e disse "e aí, atrasadão?" e ele tentou se desculpar dizendo que estava no horário, ao que o professor respondeu:

"On time is always five minutes earlier. Do you want to discuss with me?"
Ou seja: "No horário é sempre 5 minutos mais cedo. Você quer discutir comigo?". Pois é, essa questão de horário é levada bem à sério por lá... A questão do respeito na sala de aula, em especial com relação às conversas paralelas, foi algo que ele pontou sobre estudar nos EUA e posso dizer que era a mesma coisa na Hungria. No que diz respeito à dificuldade do curso, ele sentiu que no Brasil o curso era mais difícil e os professores exigiam mais. Ele destacou também a curiosidade de que lá você escreve redação para tudo, até para as matérias de exatas.

Carreira

Como o Filipe tinha o objetivo de permanecer nos Estados Unidos, assim que ele começou o curso ele procurou o departamento de carreiras e perguntou o que era preciso para que ele conseguisse um emprego por lá. Eles explicaram sobre o convênio de estágio que eles tinham e sobre o OPT (Optional Practical Training) que é a permissão de trabalho que o visto F1 permite que seja obtida. No último ano de faculdade, o Filipe foi então para Washington trabalhar como gerente de projetos na área civil, chegando até a trabalhar com o governo e atuar na construção de museus. Essa questão de visto de estudante permitir trabalho por 1 ano após a formatura é algo muito legal de se pesquisar, porque o processo é similar em muitos países. Além disso, o departamento de carreiras é muito comum nos países do Hemisfério Norte e eles me ajudaram muito com currículo na França, mesmo eu me candidatando a vagas aqui no Brasil.

Brasileiros jogando bola na Hungria
(tem gringos junto, mas está valendo)


EUA x Brasil

O que o Filipe mais gosta de morar nos Estados Unidos? A facilidade de se crescer na vida, seja em termos salarias, ou na questão de os impostos serem menores e você poder adquirir bens a um custo menor. Além disso, tem a segurança de morar numa cidade do interior e a questão das oportunidades que o trabalho oferece, confiando no recém-formado para tocar grandes projetos.

Mas sempre tem aquelas coisas de casa que fazem falta, não é? O churrasco, a feijoada e toda a nossa comida deliciosa, o povo brasileiro super carinhoso, o futebolzinho durante a semana e, é claro, a família!

Experiência com Deus

Morar fora exige muita confiança no fato de que Deus está cuidando de cada passo. São muitos desafios e a fala do Filipe foi sempre de entregar seus planos para Deus e pedir para que se fossem da vontade dEle que se concretizassem, mas se não fossem que o Filipe não tivesse "sucesso" em algo que não seria o melhor para ele. Como o Filipe disse, o importante é confiar cada passo que você pretende dar a Deus:

"Confia ao SENHOR as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos." Provérbios 16:3

Dicas

  1. O TOEFL não é um monstro! Se você sabe falar inglês, segue em frente e faz a prova logo
  2. Tenha um objetivo com o seu intercâmbio! O do Filipe era de se mudar para os Estados Unidos, e foi nisso que ele focou. Se quiser saber mais sobre objetivos, escute o episódio passado com a Camila 
  3. Bolsas são baseadas em notas, tanto nos EUA quanto em outros países. Busque uma boa nota onde quer que você estude, você nunca sabe quando vai precisar!

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