VC#22 Rindo no Intercâmbio
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Diversão no Campus |
Então eu vou compartilhar com vocês algumas coisas que aconteceram comigo e que são em alguma medida engraçadas ou estranhas.
Macarrão com geleia
Uma das recordações que a minha família mais ri a respeito foi do dia em que contei que no Campus na Hungria serviram macarrão com duas opções de complemento: açúcar de confeiteiro ou geleia. Quem me conhece, deve estar falando que não acredita que eu comeria alguma dessas coisas, porque eu não sou muito fã de comidas diferentes - digamos que meu estômago não as aceita muito bem, por isso eu evito.
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Goulash |
Daí você está num lugar onde no campus temos sopa no almoço e na janta cold cuts (pão, margarina e presunto) como os pratos mais frequentes. Eu não como carne de porco nem sopa. No início você consegue compensar na salada de beterraba (com vinagre) ou repolho (com vinagre também). Depois de um tempo ou você se acostuma ou passa fome, porque nem sempre dá para ir até o Grill (não, lá não tinha churrasco) e pedir uma pizza ou salada Caesar, até porque não é lá muito saudável, são 40 minutos de caminhada e a dona não fala inglês.
Então, num belo dia, chego para almoçar morta de fome e tem macarrão. Sem molho. Só geleia e açúcar de confeiteiro. Depois do baque, tentei comer o macarrão puro. Mas macarrão sem sal é tipo comer minhoca né. Não tem gosto de nada - talvez alguém possa argumentar que macarrão caseiro tem, mas lembra que estamos falando de macarrão comprado para alimentar o campus todo, com certeza era bem industrial feito de farinha de trigo e não batata. Considerando a opção de continuar com fome ou comer "minhoca", joguei geleia em cima e mandei tudo pra dentro. Até que não era tão ruim, talvez dê para empatar com a sopa de água.
Antes que alguém julgue a Hungria pelo almoço doce ou sopa de água, quando fui para a
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Pizza do Grill |
Alemanha nesse mesmo ano, o acampamento em que estava trabalhando alugava um espaço no que foi um acampamento comunista no passado. E lá, uma vez por semana, no verão de 40º C, eles serviam uma sopinha fervendo que era um caldo com uma linguiça no meio e a outra opção (eram sempre duas) era um pão branco gigante com um molho de frutas vermelhas - ou o que apelidamos (nós brasileiros) de cérebro porque parecia um cérebro com sangue no prato! Depois de tantos meses à base de sopa, eu pedia sopa no almoço e aumentava minha temperatura corporal de 40º e derretendo para 50º e suando muito. Maaas, o bom era que de sobremesa sempre tinha ou sorvete ou rosquinha e compensávamos a tristeza do dia da sopa na deliciosa sobremesa.
Sem lugar para dormir
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Kitnet que alugamos no HostelWorld por 20 reais |
Quando entramos no ônibus que ia do aeroporto para o metrô, de repente, veio à minha mente de confirmar se ele iria mesmo para o metrô. Quando cheguei no cobrador e perguntei se o ônibus iria para o metrô (em inglês), o motorista húngaro me respondeu: "no metro". Eu, em inglês, expliquei que eu precisava ir para o metrô, recebendo a mesma resposta de "no metro".
Voltei então e falei para o Hugo, do 10º episódio, que o motorista havia me dito que o ônibus não ia para o metrô e que ele era a melhor pessoa para falar com pessoas que não falam o nosso idioma. Na verdade, eu não faço ideia de como, mas ele se comunica com pessoas em qualquer idioma! Haha Enfim, o Hugo foi lá e entendeu que o metrô não funciona à noite, por isso não conseguiríamos ir para lá.
Então, enquanto pensávamos no que fazer - porque nessa época viajamos só com o mapa baixado no celular, mas sem simcard e, portanto, sem internet - um homem entrou no ônibus, que ainda não havia partido e o Hugo conversou com ele, que nos explicou como chegaríamos ao apartamento que eu e minha amiga tínhamos alugado. Essa pessoa simplesmente saiu do ônibus antes de partir e, percebemos depois, que nos deu todas as instruções precisas de como chegar. Ela entrou só para nos ajudar!
Depois desse ônibus que nos deixou numa estrada no meio do nada, pegamos um segundo ônibus que nos deixou perto da linha do tram (tipo um bondinho). Enquanto esperávamos o tram, fiquei super assustada com uma briga de dois moradores de rua mas, graças a Deus, não aconteceu nada conosco.
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Liberty Bridge (Szabadság híd) em Budapeste |
Ônibus que quase não veio
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Prontos para 10h dentro de um ônibus |
Chegou perto do dia da viagem e pedi para uma amiga Eslovaca confirmar sobre a partida do ônibus. Pois bem, ela ligou na estação e disseram que não tinha nenhum ônibus com esse destino agendado. Começou aí o estresse né? Chegou o dia e nada confirmado né? Chegamos na estação e necas do ônibus. Nós oramos porque precisávamos ir para Berlim e, de repente, chega um ônibus branco, sem logomarca nem nada com destino a Berlim. E assim foi, 10 horas de viagem e chegamos no horário esperado no terminal!
Jangada precisa de placa?
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Adolescentes brincando no lago |
Furo de Inglês
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Hungria |
E você, já cometeu gafes no intercâmbio?
Até a próxima e boas viagens!
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